Mais perigosas nos idosos, as doenças renais possuem diferentes formas de terapêutica. Saiba como elas são realizadas
As pessoas com Doenças Renais sempre receberão o tipo de tratamento mais adequado para sua faixa etária e momento de vida. Entre os principais tratamentos temos: hemodiálise clínica, hospitalar, diálise peritoneal (domiciliar), infusão de medicamentos, hemodiafiltração e transplante.
Já falamos sobre como o tratamento das crianças é totalmente adaptados para sua idade. Mas afinal, o tratamento das pessoas idosas com doença renal é diferenciado? Acompanhe o artigo!
População idosa
Devido aos avanços das ciências médicas e outras condições, temos vivenciado o envelhecimento populacional, assim como o aumento de casos de doenças crônicas, inclusive a DRC. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a Doença Renal Crônica pode atingir até 10% da população brasileira com mais de 65 anos.
Neste cenário, as alternativas para tratamentos mais recomendadas envolvem o controle dos fatores que agravam a doença, como a pressão arterial, diabetes, peso, alimentação, dislipidemia e o não tabagismo.
Além disso, é sempre mais efetivo adotar uma postura de tratamento voltada ao paciente, do que centrada na doença. Algo que sempre prezamos em nossa clínica, referência em humanização.
Tratamentos
Para a assistência de pacientes muito idosos com a DRC estágio 5 (quadro mais agravado) e comorbidades, é comum a indicação de tratamentos conservadores, não sendo indicada a diálise. Também não é indicado o início da diálise para pacientes assintomáticos ou com poucos sintomas de DRC.
A diálise contínua, para manutenção da vida, não deve ser iniciada sem que haja um processo individual de decisão compartilhada, entre o idoso, a equipe médica e a família.
Dessa forma, o tratamento de idosos com DRC visa a prevenção de eventos que agravem a doença, como ocorrências cardiovasculares. Ele objetiva também a diminuição do ritmo de progressão da enfermidade, distanciando-se de outras complicações como a anemia, distúrbios ósseos, minerais e acidose metabólica.
Ações terapêuticas
Como mencionado anteriormente, entre as intervenções terapêuticas para tratamento temos:
- Controle de hipertensão arterial: este é o principal item para retardar o progresso da DRC e diminuir as chances de complicações cardiovasculares, as principais ações são o uso de anti-hipertensivos;
- Controle glicêmico: é preciso evitar a hiperglicemia (índices elevados de glicose/ açúcar no sangue), já que ela aumenta os riscos de nefropatia diabética e se associa ao avanço da DRC;
- Controle da dislipidemia: a dislipidemia consiste no nível elevado de gordura (lipídios, incluindo o colesterol e o triglicérides) no sangue, o que faz crescer as chances de infarto e / ou derrame. Sendo assim, usamos as estatinas (medicamentos que diminuem o colesterol) para reduzir estes níveis aumentados no sangue;
- Redução de peso e tabagismo: a relação estilo de vida e DRC deve ser pensada, portanto, pacientes com o peso ideal devem manter-se assim, pacientes acima do peso devem perder parte dele, afinal, tais medidas beneficiarão o controle glicêmico e da pressão arterial, citados acima.
Prevenção
Com isso, nossas recomendações gerais para prevenção das doenças renais em idosos são estas abaixo:
- Consumo diário de água: como os idosos se desidratam mais facilmente (já que têm uma reserva hídrica menor) e não sentem tanta sede, é preciso estar sempre relembrando e manter a ingestão de água como um hábito;
- Evitar a automedicação: principalmente os medicamentos anti-inflamatórios que impactam negativamente os rins, especialmente nas pessoas idosas;
- Vida social: realizar atividades que promovam o bem-estar, ao lado da família, amigos e toda rede de apoio;
- Acompanhamento multidisciplinar: para além do nefrologista, é importante contar com o nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo, sem nunca esquecer dos exames de rotina.
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